11 de maio de 2023

Estudo aponta que empresas familiares geraram mais retorno do que as não familiares

Por Admin

Empresas familiares geraram um retorno anual ajustado de 300 pontos-base a mais do que as não familiares nos últimos 15 anos. É o que mostra a nova edição do estudo “Family 1000”, divulgado anualmente pelo Credit Suisse — e que, como o nome sugere, analisa o desempenho de mil empresas familiares ao redor do mundo periodicamente.

No Brasil, 90% das empresas têm perfil familiar, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além de responder por mais da metade do PIB, as empresas familiares também empregam 75% da mão de obra no País.

Segundo o SEBRAE, um negócio familiar é a interação de dois sistemas separados, a família e o negócio, que estão conectados. As empresas familiares podem incluir diversos membros da família, tanto na parte administrativa quanto como acionistas e membros da diretoria.

Para um negócio ser familiar, não é necessário que todos os membros trabalhem como funcionários.

Além disso, a gestão da empresa pode ser feita por uma pessoa de fora da família, e não por isso ela deixará de estar enquadrada como um negócio familiar. Nesse caso, é preciso apenas que haja figuras familiares no quadro de diretores ou acionistas.

Conheça agora as principais características das empresas familiares, observando os seus pontos fortes e fracos.

Pontos fortes

  • Comando único e centralizado, permitindo reações rápidas em situações de emergência;
  • Estrutura administrativa pequena;
  • Obtenção de financiamentos e outros investimentos por meio da poupança feita pela família, evitando juros;
  • Equipe determinada e dedicada;
  • Importantes relações com a comunidade e comerciantes, garantindo maior credibilidade;
  • Confiança mútua;
  • Investimento em novas capacitações dos colaboradores, gerando retorno dentro da própria empresa;
  • Desenvolvimento em conjunto.

Pontos fracos

  • Dificuldade para separar a parte emocional e intuitiva da racional, tendendo mais para os interesses pessoais;
  • Postura de autoritarismo do fundador, alternando-se com atitudes de paternalismo, que acabam sendo usadas como forma de manipulação;
  • Grande resistência à mudança;
  • Laços afetivos extremamente fortes, influenciando comportamentos, relacionamentos e decisões da empresa;
  • Expectativa de alta fidelidade dos empregados, podendo gerar um comportamento de submissão que sufoca a criatividade;
  • Jogos de poder, nos quais muitas vezes vale mais a habilidade política do que a característica ou a competência administrativa.

Com informações da Revista Exame e Sebrae