13 de outubro de 2022

Podcast premiado pela CNJ conta histórias de mulheres sobreviventes da violência doméstica

Por Admin

Mulheres que passaram por episódios de violência; jovens que perderam a capacidade de se locomover após sofrer tentativa de feminicídio; o trabalho de uma delegada e de uma promotora pública que atuam no combate aos crimes contra mulheres e a força de uma ex-chacrete que nunca deixou o preconceito guiar sua vida, são apenas algumas das histórias contadas no Podcast Atena: elas por elas, vencedor na categoria Mídia do II Prêmio CNJ Juíza Viviane Vieira do Amaral, concedido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A publicação em forma de áudio aborda casos reais de mulheres brasileiras que lidam ou lidaram com abusos, violência e até tentativa de homicídio nos últimos anos, e tem o objetivo contribuir com o fim da violência familiar contra as mulheres. O Podcast está disponível na plataforma da Rádio Itatiaia (Itacast), além de Spotify e Deezer.

Nas 12 edições publicadas ao longo de 2021 é possível conhecer um pouco mais sobre a vida de Elza Soares, Rita Cadillac, e outras mulheres que tiveram suas vidas transformadas pelo machismo e pela barbárie, assim como pela coragem de buscar uma saída. Um dos exemplos é o caso contado no terceiro episódio, da professora mineira Antônia Teixeira Fonseca dos Santos. Foram 25 anos de casamento e 33 boletins de ocorrência registrados na Polícia Civil de Belo Horizonte até que a Justiça aplicasse medidas protetivas contra o agressor, impedindo mais episódios de agressão contra ela e seus filhos.

CNJ

A premiação foi instituída em 2020 pelo CNJ para honrar a magistrada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), assassinada pelo ex-marido no dia de Natal. O prêmio confere visibilidade e notoriedade a iniciativas de prevenção e combate à violência, maus-tratos e crimes contra mulheres, assim como forma de conscientizar integrantes do Judiciário em relação a necessidade de vigilância permanente diante de casos e processos que chegam à Justiça.

O Brasil é o quinto país que mais mata mulheres no mundo, segundo dados das Nações Unidas, ficando atrás apenas de Rússia, Guatemala, Venezuela e Honduras (países que não cumprem tratados internacionais de direitos humanos).

Agência CNJ de Notícias