Segundo Semestre

Tenho a impressão que o tempo está escorrendo pelos dedos. As semanas passam num piscar de olhos, os dias são momentos e os meses já não duram como antes. A pandemia nos ensinou a valorizar cada tempo e estação. Existem coisas que podem esperar, claro, mas outras não. A vida não espera.

A economia também não. Esta também adoeceu e com seu instinto de sobrevivência se reinventou em múltiplas formas. Quem não se lembra da agilidade em que se fez o comércio de máscaras de proteção contra o coronavírus? Foi impressionante como montou-se uma cadeia de produção em parceria com a costureira do bairro, o ambulante do farol e o consumidor final. Rapidamente toda a população já estava abastecida com o novo e obrigatório item de convivência.

O ano de 2021 prometido como Ano do Recomeço já se foi pela metade. Meio semestre gastamos na conquista pela vacina e aplicação gradual dela. A expectativa é que até o mês que vem a população adulta já esteja com, pelo menos, a primeira dose no braço. Que assim seja. Já é meio caminho andando.

Enquanto isso, o comércio toma fôlego, volta aos poucos e já sonha com as campanhas de final de ano. Será? Ainda é incerto dizer. Mas supomos. Em contra partida, a primeira parcela do décimo terceiro já foi adiantada e então, como vamos comprar os presentes de Natal?

A verdade é que, depois de tudo o que passamos e aprendemos, presente mesmo será estarmos juntos, e com saúde, para celebrar o fim desse ciclo. Presente também é a palavra que representa o dia de hoje, o tempo de agora, e esse não espera. Valorize o tempo presente com o que realmente importa, com o que não se pode fazer amanhã. O que passou não volta. Não se chora o leite derramado, diz minha mãe. É preciso seguir em frente, ir pra cima, construir o amanhã.

Um segundo semestre ainda melhor para todos nós!

José Odécio de Camargo Júnior
Imagem de anncapictures por Pixabay